Turismo Cemiterial


Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Restos mortais de Dona Beja podem ter sido descobertos em Estrela do Sul

A reforma de uma praça, em Estrela do Sul, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais, desperta curiosidade e inspira nostalgia. Durante as escavações, operários encontraram restos mortais em uma área de aproximadamente 500 metros quadrados. A descoberta fez surgir as especulações de que os fragmentos de ossos seriam de Dona Beja (1800/1873), mulher influente do século XIX que encantou muitos homens. Próximo ao local da obra existiu um cemitério até 1925.

Os restos mortais encontrados mudaram a rotina dos moradores de Estrela do Sul. A comunidade está fervorosa e o assunto é um só. Seja na farmácia, padaria, ponto de ônibus, salão de beleza, barzinhos ou estabelecimentos comerciais, todos querem saber se os fragmentos são mesmo de Dona Beja.
Cláudio Amir Ramos acabou retirando mais do que terra ao abrir espaço para construir uma fonte que será instalada na praça da Matriz em Estrela do Sul. O mestre de obras conta que de repente deparou-se com algo diferente e viu que era osso. E não foi só osso não. “No momento a gente pensou que tinham pecinhas de caixão”, comenta. A descoberta não assustou muito os moradores. Na área existia um cemitério até 1925. Agora o mistério fica por conta de quem seriam os restos mortais. Alguns acreditam que pode ser de uma moradora ilustre da cidade: Dona Beja. “Para mim é”, comenta Jonas Gomes, servidor público. “Eu acho que não é não”, discorda Pedro Fernandes Neto, também
Conhecida como Dona Beja, Anna Jacintha de São José viveu em Araxá, também no Alto Paranaíba. Ela foi para Estrela do Sul aos 40 anos e teria morrido aos 73 anos, devido a uma intoxicação. Ela teria sido enterrada sem caixão no antigo cemitério do Centro da cidade.
O que reforça essa dúvida é que o caixão em que Dona Beja foi enterrada tinha enfeites feito de zinco, material que também foi encontrado junto com os ossos. Além disso, a família de Dona Beja não quis remover os restos mortais quando o novo cemitério foi construído.

A memória de Dona Beja está na rua, no balneário e nas ruínas da última casa em que ela morou. Talvez por isso não faltem histórias, principalmente de onde é que ela foi enterrada. Uma das conversas é que a casa de Maria Terezinha seria o local onde hoje está a roseira. Existia um coqueiro que marcava o túmulo de pessoas importantes da cidade, como o coronel Elias Teotônio. “O coqueiro que marcava o túmulo do coronel e que Dona Beja estava junto porque enterravam as celebridades junto”, comenta a dona de casa.


A assessoria da Prefeitura de Estrela do Sul pretende enviar o material encontrado para análise.

Fontes: 
http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/restos-mortais-podem-ser-da-famosa-dona-beja-1.296163
http://megaminas.globo.com/2011/06/13/moradores-descobrem-ossadas-durante-reforca-de-praca-em-estrela-do-sul