Turismo Cemiterial
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.
domingo, 1 de novembro de 2009
‘Guias de cemitério’ têm trabalho dobrado no dia de Finados
Ele passou parte da vida enterrando mortos e hoje conta a história de vida deles. Aos 43 anos, Francivaldo Gomes, o Popó, é monitor da Prefeitura de São Paulo e atua como guia turístico. O local de trabalho dele é o Cemitério da Consolação, localizado na região central e o mais antigo da cidade. Antes da função atual, foi sepultador, o famoso coveiro.
Popó tem tido agenda lotada. Corre o dia inteiro para deixar limpos os cerca de 8.500 túmulos do cemitério. Conta com a ajuda dos outros funcionários, mas acaba acumulando funções porque, além de arrumar o jardim e os jazigos, precisa atender os visitantes. Ser guia de cemitério é um orgulho para o cearense, que só tem o segundo grau completo conta que pesquisou muito até dominar as informações históricas. "Sou autodidata".
A guia Ângela Arena, 42, circula com seus turistas pela capital e sempre para no Cemitério da Consolação. Ali, há esculturas em mármore e granito de artistas como Victor Becheret, Júlio Starace e Ramos de Azevedo. Elas ornamentam os túmulos e dão beleza a um lugar marcado pela tristeza. “As pessoas costumam se assustar por eu ser guia em cemitério porque esta ainda é uma atividade muito tímida aqui no Brasil”, diz Ângela.
Em suas explanações, assim como Popó, ela conta a história dos mortos ilustres, das obras de arte e dos costumes relacionados ao enterro. “No século 19, a morte era mais vivenciada. Tinham as carpideiras que choravam nos velórios, que levavam mais de um dia. Hoje as pessoas são mais distantes”.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1360329-5605,00-GUIAS+DE+CEMITERIO+TEM+TRABALHO+DOBRADO+AS+VESPERAS+DO+DIA+DE+FINADOS.html
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