Turismo Cemiterial


Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cinetério reúne Zé do Caixão, animação de terror e instalação macabra


A praça do cemitério da Vila Nova Cachoeirinha (zona norte de São Paulo) é o local onde acontece a quarta edição do Cinetério, organizado pelo Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. O evento, no próximo sábado (dia 1º de maio), começa a partir das 21h com o representante máximo do terror nacional, Zé do Caixão. 
Depois, a animação francesa "Fear(s) of the Dark" (foto)  será exibida ao ar livre. O desenho, em preto e branco, é uma coletânea de contos de terror que são ligados uns aos outros por um estranho homem de sorriso diabólico.
A trilha sonora será executada pelo DJ Thomash (Voodoohop) e o público poderá ainda conferir uma videoinstalação do StudioIntro. 

Este tipo de evento se torna cada vez mais comum no Brasil, e em diversos países da América Latina, o que representa um grande avanço na apropriação destes espaços.
Informações: http://guia.folha.com.br/passeios/ult10050u727194.shtml

sábado, 17 de abril de 2010

Muro de cemitério vira galeria de arte

Uma idéia genial está revolucionando a aparência do muro de um cemitério em Piracicaba, interior de São Paulo. Artistas foram convidados a ilustrar os muros, e o resultado final foi primoroso. Em outras localidades estes espaços costumam ser utilizados por vândalos para pichações sem sentido, mas neste município se tornaram uma atração à parte. O resultado final é muito bonito, e a população aprova a iniciativa.


Idéia muito boa, que merece ser copiada por outras cidades.
Para quem se interessou, aqui há o link de um video-reportagem que mostra o processo de pintura dos muros do cemitério de Piracicaba:

http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,13734;1,pintura+cemiterio.aspx

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Livro que não pode faltar na estante de um estudioso de cemitérios



Trata-se do "Metrópole da morte, necrópole da vida" do cemiteriólogo Eduardo Coelho Morgado de Rezende. 
É uma obra delicada, sem ser prosaica, e aborda várias questões importantes a respeito da apropriação dos espaços cemiteriais, mais precisamente o de Vila Formosa. Prefácio de Geraldo Nunes, Editora Carthago.
Imperdível para quem aprecia o assunto.

sábado, 10 de abril de 2010

Obon - dia dos mortos budista

É um evento budista anual dedicado aos ancestrais. Segundo a crença, quando se comemora o Obon, os espíritos dos antepassados retornam a este mundo, a fim de reencontrar seus familiares.

Tradicionalmente, lanternas (mukaebi) são penduradas em frente das casas para guiar os espíritos, danças próprias (bon odori) são apresentadas, túmulos são visitados e oferendas de alimentos são feitas nos altares domésticos e nos templos. No final, lanternas flutuantes são colocadas em rios, lagos e mares para que possam guiar as almas de volta ao mundo espiritual. Os costumes seguidos variam fortemente de região para região.


Obon é celebrado do dia 13 a 15 do sétimo mês do ano, que é julho de acordo com o calendário solar. No entanto, desde que o sétimo mês do ano aproximadamente coincide com agosto, mais do que julho, de acordo com o antigamente usado calendário lunar, ele ainda é comemorado em meados de agosto em algumas regiões, enquanto é celebrado em meados de julho em outras. A semana do obon, em meados de agosto, é uma das três maiores épocas de férias, acompanhada de uma intensiva atividade de viagens nacionais e internacionais. Equivale ao feriado de finados do Brasil.





De acordo com depoimentos dos visitantes, a realização de eventos culturais, artísticos e religiosos no espaço do cemitério tem contribuído para o fortalecimento da sociabilidade entre eles, além de favorecer a amenização da angústia social que significa  isolar-se devido ao luto dos dias de hoje. Sobre este aspecto, observa-se ainda a relação instituída entre os enlutados e o ambiente do Morada da Paz, que foge à concepção lúgubre e sombria para dar lugar ao bem estar remetido pelos entrevistados como conseqüência de uma proximidade com a natureza e a tranqüilidade encontrada no local. A partir do suporte da imagem fotográfica, como registro destas alterações simbólicas que dizem respeito à relação com o estado de luto e com o ambiente cemiterial, pode-se ver revelada as diversas apropriações do espaço, em especial no dia de Obon.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Desaba um dos Cemitérios mais bonitos do Brasil


Após mais de 12 horas de chuva intensa, nesta madrugada de 06 de abril de 2010, o cemitério localizado atrás da Igreja Nossa Senhora de Nazareth, no Centro de Saquarema, conhecido por ser um dos únicos do mundo com vista para o mar, desabou. Era uma tragédia anunciada, já que nunca tinha sido feito um trabalho de contenção na encosta. A prefeitura decretou situação de emergência. Vários bairros estão alagados, barreiras caíram principalmente na serra, interditando a RJ 106, principal caminho de quem vem de Niterói e São Gonçalo para a Região dos Lagos. 


Foto: Renato Fidélis
http://oglobo.globo.com/participe/mat/2010/04/06/localizado-em-ponto-alto-do-centro-da-cidade-cemiterio-em-saquarema-desaba-leitor-mostra-916261073.asp

domingo, 4 de abril de 2010

O tumulo de Cristo - Documentário de James Cameron




O cineasta James Cameron acaba de produzir, o documentário "O sepulcro esquecido". O filme promete polémica, pois Cameron, corroborado pelas conclusões de investigações de um grupo de cientistas, teria anunciado, em conferência de imprensa, que o túmulo de 2 mil anos encontrado em Talpiot em 1980, nos subúrbios da Cidade Santa, poderá ter sido utilizado para guardar os restos mortais de Jesus e da sua família. Arqueólogos reclamaram ter encontrado dez caixões e três crânios. Em seis destes repositórios de ossadas da antiguidade constam inscrições traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamnen (nome atribuído a Maria Madalena); Maria, a mãe; José; e Mateus. Nomes aparentemente comuns naquela época. O filme, que custou US$ 2 milhões (quase R$ 4,5 milhões), será exibido mundialmente pelo canal de TV Discovery.



Os realizadores do documentário retiraram amostras dos ossuários de "Jesus" e "Madalena" para análise de DNA no laboratório da Universidade de Lakehead, em Ontário, no Canadá. O exame determinou que os dois indivíduos não tinham relações sangüíneas, o que significa que não eram parentes sepultados na mesma tumba, como era comum na época. Desta forma, o diretor do filme, Simcha Jacobovici, sugere que "Jesus" e "Madalena" eram um casal que tinha um filho.
Os realizadores consultaram um professor de estatística e matemática da Universida de Toronto, também no Canadá, para calcular se a relação dos nomes de personagens bíblicos encontrados na tumba em Talpiot poderia ser mera coincidência. Andrey Feuerverger concluiu, de acordo com o Discovery Channel, que as chances eram na proporção de 600 para 1 de a tumba ter sido realmente da família de Jesus.


Ciente da repercussão do documentário, James Cameron afirmou que não havia nada maior do que este caso. "Fizemos nossa tarefa, agora é hora do debate começar".  O cientista que supervisionou as escavações em 1980, Amos Kloner, disse ao The Jerusalem Post que o nomes eram coincidência. "Jesus e a família eram uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. O túmulo de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século", garantiu.

 Acima o livro que trata da descoberta arqueológica.