Tradicionalmente, lanternas (mukaebi) são penduradas em frente das casas para guiar os espíritos, danças próprias (bon odori) são apresentadas, túmulos são visitados e oferendas de alimentos são feitas nos altares domésticos e nos templos. No final, lanternas flutuantes são colocadas em rios, lagos e mares para que possam guiar as almas de volta ao mundo espiritual. Os costumes seguidos variam fortemente de região para região.
Obon é celebrado do dia 13 a 15 do sétimo mês do ano, que é julho de acordo com o calendário solar. No entanto, desde que o sétimo mês do ano aproximadamente coincide com agosto, mais do que julho, de acordo com o antigamente usado calendário lunar, ele ainda é comemorado em meados de agosto em algumas regiões, enquanto é celebrado em meados de julho em outras. A semana do obon, em meados de agosto, é uma das três maiores épocas de férias, acompanhada de uma intensiva atividade de viagens nacionais e internacionais. Equivale ao feriado de finados do Brasil.
De acordo com depoimentos dos visitantes, a realização de eventos culturais, artísticos e religiosos no espaço do cemitério tem contribuído para o fortalecimento da sociabilidade entre eles, além de favorecer a amenização da angústia social que significa isolar-se devido ao luto dos dias de hoje. Sobre este aspecto, observa-se ainda a relação instituída entre os enlutados e o ambiente do Morada da Paz, que foge à concepção lúgubre e sombria para dar lugar ao bem estar remetido pelos entrevistados como conseqüência de uma proximidade com a natureza e a tranqüilidade encontrada no local. A partir do suporte da imagem fotográfica, como registro destas alterações simbólicas que dizem respeito à relação com o estado de luto e com o ambiente cemiterial, pode-se ver revelada as diversas apropriações do espaço, em especial no dia de Obon.
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