Turismo Cemiterial


Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.

sábado, 10 de abril de 2010

Obon - dia dos mortos budista

É um evento budista anual dedicado aos ancestrais. Segundo a crença, quando se comemora o Obon, os espíritos dos antepassados retornam a este mundo, a fim de reencontrar seus familiares.

Tradicionalmente, lanternas (mukaebi) são penduradas em frente das casas para guiar os espíritos, danças próprias (bon odori) são apresentadas, túmulos são visitados e oferendas de alimentos são feitas nos altares domésticos e nos templos. No final, lanternas flutuantes são colocadas em rios, lagos e mares para que possam guiar as almas de volta ao mundo espiritual. Os costumes seguidos variam fortemente de região para região.


Obon é celebrado do dia 13 a 15 do sétimo mês do ano, que é julho de acordo com o calendário solar. No entanto, desde que o sétimo mês do ano aproximadamente coincide com agosto, mais do que julho, de acordo com o antigamente usado calendário lunar, ele ainda é comemorado em meados de agosto em algumas regiões, enquanto é celebrado em meados de julho em outras. A semana do obon, em meados de agosto, é uma das três maiores épocas de férias, acompanhada de uma intensiva atividade de viagens nacionais e internacionais. Equivale ao feriado de finados do Brasil.





De acordo com depoimentos dos visitantes, a realização de eventos culturais, artísticos e religiosos no espaço do cemitério tem contribuído para o fortalecimento da sociabilidade entre eles, além de favorecer a amenização da angústia social que significa  isolar-se devido ao luto dos dias de hoje. Sobre este aspecto, observa-se ainda a relação instituída entre os enlutados e o ambiente do Morada da Paz, que foge à concepção lúgubre e sombria para dar lugar ao bem estar remetido pelos entrevistados como conseqüência de uma proximidade com a natureza e a tranqüilidade encontrada no local. A partir do suporte da imagem fotográfica, como registro destas alterações simbólicas que dizem respeito à relação com o estado de luto e com o ambiente cemiterial, pode-se ver revelada as diversas apropriações do espaço, em especial no dia de Obon.

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