Turismo Cemiterial


Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Arte no cemitério

Em um despretensioso passeio por um cemitério se pode encontrar desde obras singelas, construídas por autores anônimos, até peças de relevante valor artistico. Basta ter olhar atento, e um pouco de informação. Uma das obras mais importantes do século XX por exemplo, "O Beijo" do romeno Constantin Brancusi pode ser vista num Cemitério.



"O Beijo" é uma escultura que mostra dois amantes entrelaçados num beijo apaixonado só se distinguem o suficiente para serem identificáveis como indivíduos diferentes. Apenas uma linha mediana separa os corpos colados. Das duas figuras vêem-se apenas os olhos, a boca (reduzida a um minúsculo traço de união) e os cabelos, sugeridos em algumas incisões curvadas, enquadrando os rostos amorosos entrelaçados. Brancusi privilegiou a simplicidade formal e a coerência à expressividade das figuras. Constantin Brancusi realizou uma primeira versão de "O Beijo" em 1907, depois a simplificou e a transformou em monumento fúnebre no cemitério de Montparnasse, em 1910, dedicando-a a uma amiga que se suicidou por amor.


Brancusi reduziu as suas esculturas ao mais básico, ao mais abstrato, emprestando-lhes uma vitalidade rudimentar. Este artista significou uma influência extraordinária na escultura e arte abstrata em geral do século XX. A grandiosidade simples das suas obras provoca uma sensação de liberdade e de força. E a genialidade deste artista não é reconhecida apenas em valores artísticos.  Uma escultura do artista plástico romeno quebrou um recorde mundial em leilão na Christie's, de Nova York, ao ser US$ 27,456 milhões (cerca de R$ 68,5 milhões). Trata-se da escultura Pássaro no Espaço, uma peça de mármore que mostra uma ave subindo aos céus.
O recorde anterior pertencia a outra obra de Brancusi, "Danaide", vendida por US$ 18,1 milhões, em maio de 2002.


2 comentários:

  1. Ola adorei seu blog... parabéns este assunto e muito interessante, no meu blog dedico uma página sobre o estudo da história da morte.... www.profludfuzzi.blogspot.com

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  2. Oi Lili (olha a intimidade!!! kkkk) Adorei seu comentário no Lua Nua. Quando postei a história da Michele e Carla eu não sabia, mas uma delas deu aula de pós-graduação para meu marido. Menina, que delícia essa coisa de turismo cemiterial. Sempre quis ir à Paris (talvez ano que vem aconteça) e falo que quero tomar champanhe francês no arco do triunfo, sentar num daqueles cafés e conhecer o Père-Lachaise - onde estão os túmulos de Modigliani, Honoré de Balzac, Oscar Wilde, Cyrano de Bergerac, Chopin, Édith Piaf, Molière, Allan Kardec. Imagina a festa que não deve ser para os olhos aquilo lá. Se vc gostou do post da família de 2 mulheres veja este http://aluanua.blogspot.com/2010/01/preconceito.html pq nele tem um filme com elas e os filhos que é a coisa mais linda. Um beijo grande em ti, menina de bom gosto.

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