Criminosos não poupam vivos nem mortos. O maior cemitério de Uberaba é alvo de ladrões que depenam as sepulturas. Eles roubam tudo que valha como moeda de troca para a compra de drogas que consomem entre os jazigos.
Os invasores aproveitam a escuridão da noite para agir. Sozinho e desarmado, Antônio Ferreira caminha sem medo pelos túmulos do maior cemitério de Uberaba. Há mais de 20 anos trabalhando como vigia perdeu a conta de quantos ladrões 'colocou para correr'.
Além de roubar, os marginais entram no cemitério para consumir drogas. O muro baixo e a rua deserta faciliam a fuga dos bandidos. Isso sem falar na falta de policiamento. O resultado de tanto descaso é visto durante o dia: argolas, placas e crucifixos, tudo arrancado dos túmulos. À base de bronze, as peças viram moeda de troca no mundo das drogas.
Os furtos tornaram-se tão frequentes que a administração do cemitério sequer consegue contar os prejuízos.
O chefe da Guarda Municipal de Uberaba, Júlio César, admite que hoje a tropa é insuficiente para conter os marginais.
Jornal da Alterosa 1ª Edição
14 de fevereiro de 2011
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