Turismo Cemiterial


Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Como elaborar o luto


Todos esses anos em contato com temas cemiteriais, invariavelmente estamos tratando ao mesmo tempo da questão intrínseca da morte, e só é possível avaliar os sentimentos envolvidos com a perda quando envolve alguém a quem estamos ligados. Existem muitos estudos pertinentes nas mais diversas áreas, e em todos eles é comum se encontrar alguns pontos de interseção que não podem ser ignorados. Um deles é que o luto possui diversas fases, e é essencial se passar por todas elas para que a dor encontre repouso.
Quando se trata do luto não é possível pular etapas. E um dos maiores erros de quem tenta ajudar um enlutado é aconselhar que se esqueça do que houve, que tente se distrair com outras coisas, ou tentar minimizar a perda, por mais bem intencionados que sejam essas intenções. Viver o luto, sentir a dor até que ela se esgote, é a única forma de sobreviver a algo tão inexorável quanto a morte.



O vazio imenso deixado pela partida daqueles que amamos parece um abismo sem fim, mas se pensarmos na honra de ter convivido, forma-se uma ponte por onde transborda o amor que não pode ser interrompido nem mesmo pela morte.

Obrigada Flor, por ter existido. Sempre vou amá-la.

sábado, 13 de junho de 2015

Poe no Cemitério da Consolação

Estreia hoje o espetáculo "Para gelar a alma"  no inusitado palco da capela do Cemitério da Consolação em São Paulo. O texto mescla o universo do escritor Edgar Allan Poe ao das benzedeiras brasileiras, numa releitura arrepiante.

Abigail Tati, Zezé Mota e Edi Fonseca em foto de Lenise Pinheiro


















O dramaturgo Márcio Araújo se inspirou em três contos do escritor americano para criar uma atmosfera de suspense, na qual os principais medos das atrizes são trabalhados de forma densa, na figura de três benzedeiras sem sorte no amor.  Este é o terceiro espetáculo encenado no cemitério, numa ousada iniciativa de transforma-los em espaços de lazer.


PARA GELAR A ALMA
Sábados e domingos,  19h (até 05 de julho 2015)
Rua da Consolação, 1660 
ENTRADA FRANCA
Classificação 12 anos

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/06/1641392-cemiterio-da-consolacao-vira-palco-para-contos-de-edgar-allan-poe.shtml

quarta-feira, 27 de maio de 2015

VII Encontro da Abec em Julho de 2015

Com o objetivo de reunir pesquisadores da área e promover a divulgação dos estudos cemiteriais no Brasil, a Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais anuncia a realização de seu sétimo encontro nacional. Com o tema “Cemitérios como patrimônio: conceitos, métodos e abordagens”, o evento será sediado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 23 de julho de 2015.
O evento também vai contar com a realização de duas palestras de abertura, “Perspectivas sobre os estudos cemiteriais” pelo professor doutor Renato Cymbalista (USP) e “Políticas de Patrimônio no Brasil: historicidade dos valores e da natureza dos bens cemiteriais” pela professora doutora Márcia Chuva (UNIRIO). Além da programação de apresentação de trabalhos, haverá uma visita guiada ao Cemitério São João Batista, no dia 23.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Livros sobre cemitérios

Acabo de receber estes dois maravilhosos exemplares que tratam do tema Cemitérios, ambos voltados para o Estado de Minas Gerais. O primeiro, do pesquisador Dimas dos Reis Ribeiro é um belo trabalho de documentação dos campos santos da região dos Lagos de Furnas, no sul de Minas. E o segundo, já tratado neste blog anteriormente, um belíssimo inventário dos cemitérios mineiros, em edição luxuosa, realizada por uma equipe muito sensível e competente.
Recomendo.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Livro cataloga acervo de cemitérios mineiros


Uma introdução à arte tumular tendo como iconografia 23 cemitérios mineiros, de 13 cidades, com direito a alerta sobre a necessidade de preservação deles. Essa é a proposta do livro Cemitério de Minas – Cultura e arte, que será lançado hoje, no Museu de Artes e Oficios.
O livro é organizado pela jornalista e historiadora Christina Lima, com pesquisa de Fabiano Lopes de Paula, fotos de Izabel Chumbinho, e textos, também, de Haroldo Felício, João Caixeta, Fernando Cabral e Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, atual secretário de estado da Cultura.
“É um volume simples, sem a pretensão de ser livro de arte, que apresenta ao público um pouco da arte tumular e mostra a importância dos cemitérios de várias cidades de Minas Gerais”, explica o historiador e arqueólogo Fabiano Lopes de Paula, autor do texto de introdução ao livro.
O culto aos mortos e os cemitérios, sejam os mais simples ou sofisticados, observa o pesquisador, são um material rico para a compreensão da sociedade. “A morte e tudo que a cerca é um tema universal”, diz o historiador, para quem “visitar cemitérios é uma programação cultural”.
Lopes de Paula observa que “a arte funerária, desde a Antiguidade, traduz um desejo de todos, sejam ricos ou pobres, de ser eternizados. São, ainda, demonstrações de respeito e vontade de resguardar a memória”. Na decoração dos túmulos, revelam-se as convicções religiosas e até a situação financeira de quem fez a encomenda.
A decoração flutua ao sabor de modismos estéticos, adotando, no geral, o padrão vigente de quando as sepulturas foram construídas, como fica claro no uso de materiais (do mármore até o uso de flores de plástico) e nas formas arquitetônicas do túmulo.
Católicos valem-se de anjos (da saudade, da consolação, da anunciação), Nossas Senhoras, várias cenas da vida de Jesus, plantas (lírios, rosas, oliveira, ciprestes) para criar alegorias sobre passagens da vida terrena para a celestial.
Anglicanos, por não cultuar imagens, colocam sobre os túmulos apenas a cruz. Em todos os casos, o que se busca é a personalização ao máximo do morto. Com ferramentas alusivas à sua profissão (ramos de café, por exemplo, se cafeicultor), caligrafia, retrato, signos de filiação a grupos (como os maçons).
“Todo cemitério é histórico. Tem representações artísticas e é espelho da cidade onde está localizado”, afirma Lopes de Paula. O modelo que conhecemos hoje (fora da igreja e afastado dos centros urbanos por motivos sanitários) vem do século 19. Sendo comum, nos mais antigos, decorações com estéticas da época: o neoclássico (que com motivos greco-romanos apresentava o cidadão como herói) ou o romantismo. Essa, explica o pesquisador, revelada na tendência à representação da morte como mistério e de forma sedutora, inclusive com anjos em poses sensuais.


Restauração
O lançamento de Cemitérios de Minas faz parte da cerimônia de entrega ao Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte de 21 livros de óbitos, recuperados e restaurados pela instituição municipal e pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez. O Arquivo passa a guardar o material, que inclui documentos alusivos à construção da nova capital de Minas Gerais, distribuídos em Livros de Registros de Sepultamento, Livros de Protocolos de Processos, Livro de Arrecadação da Seção de Rendas Patrimoniais e Livro de Divisão de Patrimônio, cada um dele com, em média, 500 páginas.
Por Walter Sebastião
Fonte original da notícia: Portal UAI




http://defender.org.br/noticias/mg-livro-cataloga-a-arte-tumular-de-23-cemiterios-espalhados-por-13-cidades-mineiras/

sábado, 28 de março de 2015

Encontrados restos mortais de Cervantes

O legista e diretor da busca dos restos mortais de Miguel de Cervantes, Francisco Etxebarria, confirmou que "é possível considerar que entre os fragmentos" encontrados na cripta da Igreja das Trinitárias, em Madri, "encontram-se alguns" pertencentes ao escritor, sem "divergências".

Segundo pesquisadores, na busca surgiram restos muito decompostos associados ao escritor de Dom Quixote, sua esposa (Catalina) e às primeiras pessoas enterradas na igreja primitiva, que estava localizada em um ponto diferente do atual.

Os corpos foram enterrados entre 1612 e 1630 na igreja primitiva das Trinitárias, localizada ao contrário do que se pensava até agora em um lugar diferente do atual. Entre 1698 e 1730, os restos mortais foram transportados da antiga igreja.
A localização dos restos mortais de Cervantes não era um mistério absoluto. Havia registros de que ele tinha sido enterrado no convento. No entanto, desde a morte do escritor, em 1616, o prédio fora reconstruído e não se sabia se a ossada havia sido removida do local.
Por isso, o time de 30 pesquisadores precisou usar câmeras infravermelhas, scanners 3D e mesmo um radar especial para tentar localizar os restos de Cervantes. Em janeiro, toparam com a tampa de um caixão com as iniciais "MC" num grupo de 33 câmaras mortuárias.



 Numa entrevista coletiva, o perito Luis Avial disse que Cervantes terá um novo funeral com honras de estado, também no Convento das Trinitárias, e ganhará uma nova sepultura.
Segundo planos do convento e da prefeitura de Madri, que financiou as operações de localização dos restos do autor de olho no potencial interesse turístico da descoberta, a cripta em que Cervantes foi enterrado será aberta ao público no ano que vem para coincidir com o 400º aniversário da morte do escritor.




Fonte: BBC Brasil 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Diros - Grécia: descoberto túmulo raro de casal abraçado


A descoberta aconteceu em Diros, um sítio na costa da península do Peloponeso, um lugar que provavelmente passou a ser habitado a partir de 6.000 anos a.C, segundo um comunicado das autoridades gregas.
"O enterro de um casal abraçado é extremamente raro, e o túmulo de Diros é um dos mais antigos do mundo, se não o mais velho (descoberto) até agora", indica o ministério.
A análise de carbono determinou que o túmulo data de 3.800 anos antes de nossa era e testes de DNA mostraram que correspondem a um homem e uma mulher, apesar de não poder identificar suas idades.
Nas escavações, que começaram há seis anos e terminaram no ano passado, também foram descobertas as ossadas de um menino e de um feto, além de um ossário contendo os restos mortais de doze pessoas.
No local, de cerca de quatro metros de largura, também foram encontrados objetos de cerâmica, contas de vidro e uma adaga. Segundo as autoridades, o sítio é "único" para este período histórico.
"Podemos afirmar com segurança que esta área tinha uma função na memória coletiva desses grupos como um cemitério durante cerca de mil anos", disse o ministério.

 Extraído de: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2015/02/12/arqueologos-descobrem-casal-abracado-em-tumulo-pre-historico-na-grecia.htm
Leia mais em: http://zip.net/bqqNx9

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Quem tem medo de Giger?

         O universo surreal e totalmente perturbador de Hans Ruedi Giger, um dos artistas mais importantes desse século, foi preservado e recriado em um dos museus mais completos do mundo, dedicados à sua arte. Localizado na pequena cidade de Gruyères, na Suíça francesa o museu oferece também a possibilidade de um primoroso tour virtual.

Dividido em três andares revestidos por paredes negras e chão com hieróglifos em alto-relevo com obras de Giger, o espaço abriga 250 obras como esculturas, desenhos, pinturas monocromáticas em grande formato feitas com aerógrafo, e bonecos originais criados por Giger para a sequência de quatro filmes que teve início em 1979 com direção de Ridley Scott.

 Para os fãs mais ardorosos há ainda a possibilidade de adquirir peças e objetos relacionados ao trabalho do artista.

Para conhecer o museu pessoalmente:
MUSEUM HR GIGER
Château St. Germain
1663 Gruyères
Tel.: +41 26 921 22 00
Fax: +41 26 921 22 11
E-Mail: info@hrgigermuseum.com


Para uma visita virtual:
http://www.hrgigermuseum.com/