Turismo Cemiterial


Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.
Visite um cemitério. A morte faz parte da vida.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

25 de dezembro é um dia muito especial

Este é o dia em que se comemora o nascimento daquele que veio para nos trazer a luz, e mudar totalmente a nossa forma de entender o mundo:
Sir Isaac Newton!






Uma de suas primeiras colaborações foi a respeito das séries binominais.Por volta de 1665, Newton interessou-se pela luz e pela óptica. Revelou suas descobertas sobre cor e luz à Royal Society (Academia de Ciências), em Londres. Assim, começou a tornar-se um famoso cientista. Trabalhou em outros ramos da Matemática e inventou uma técnica nova, que chamou de método de fluxões. Este constituiu a base para o que hoje se chama de cálculo diferencial e integral. Com ela, Newton calculou áreas limitadas por figuras cujos lados não são retos, cumprimento de curva, volume, velocidade, etc. Newton escreveu o livro Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, mais conhecido como Principia. Nesse livro, publicado em 1687, Newton mostrou que a lei do inverso do quadrado explicava o movimento dos planetas: em elipse e não em circunferências.São inúmeras suas contribuições para as ciências em todas as áreas. Ao receber da rainha Ane a condecoração de cavaleiro, em 1705, Newton tornou-se o primeiro Sir da ciência.



Túmulo de Sir Isaac Newton, sepultado com honrarias na Abadia de Westminster, Londres.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lazer e exercicios no Cemitério


Numa cidade com índices de violência preocupantes e trânsito cada dia mais congestionado, a população recorre a lugares inusitados para curtir momentos de lazer. Para os moradores dos bairros Portão, Fazendinha, Cidade Industrial e adjacências, de Curitiba/PR. o Cemitério Jardim da Saudade virou ponto de encontro e de prática de atividades físicas.
Todas as manhãs, dezenas de pessoas percorrem a pé as vielas do cemitério. Algumas aproveitam e visitam túmulos de parentes e amigos, mas o interesse da maioria é apenas exercitar o corpo. “Normalmente é um pessoal de mais idade, que aproveita a paisagem e a tranqüilidade”, contou o segurança João Evangelista. A administração do cemitério não restringe as caminhadas dos usuários — apenas as corridas são proibidas.
Assim como nos parques, os horários mais procurados pelos praticantes são o início da manhã e o final da tarde. Os primeiros “caminhantes” chegam já às 6h30, horário de abertura dos portões. A noite, o local é fechado.

Embora inevitavelmente fúnebre, o cemitério tem área verde e quantidade de árvores que garantem ares de parque. Os jazigos no chão, junto à grama, completam o clima bucólico, e lanchonete e banheiros garantem a infra-estrutura mínima.
Para os freqüentadores, outro fator que torna o cemitério atrativo é a segurança. Além de corpo interno de seguranças, o cemitério conta com câmeras de vigilância espalhadas pelo terreno de cerca de 70 mil metros quadrados. A ausência de parques na região, uma das mais populosas de Curitiba, também influi. Momento e locais perfeitos para se pensar em melhorar a qualidade da vida.



Fonte: http://www.bemparana.com.br/index.php?n=59643&t=cemiterio-vira-local-de-caminhadas-da-populacao

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mensagem do além já é possível


Toda hora, alguém inventa uma novidade na internet.

A última, ou uma das últimas, é o e-mail póstumo. Se você receber de algum amigo ou conhecido uma mensagem intitulada "Eu morri", pode não ser brincadeira.

A idéia tem lógica: uma empresa organiza suas informações e trata de enviá-las a quem delas deva ter conhecimento, até para dar andamento a coisas que eram iportantes para o falecido.

Informarão aos beneficiários onde estão suas apólices de seguro, comunicarão decisões do morto, enviarão mensagens de despedida, farão revelações que não conviria serem feitas em vida, etc.

Por uma cota anual de 6 euros para 20 gigas de espaço, você pode abrir uma conta na assetlock.net ( http://assetlock.net/ ) , onde poderá deixar suas intruções pós-morte, inclusive senhas de banco e de e-mail.

Existem outras opções, como letterfrombeyond.com (carta do além ponto com). É possível até deixar uma mensagem raivosa para um patrão que você detesta, ou outra pessoa qualquer...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cemitérios tecnologicamente preparados para o futuro

Cemitérios ocupam grandes espaços e alguns tentam antecipar soluções para possíveis problemas ambientais. Na Austrália, por exemplo, cadáveres serão sepultados em uma reserva natural. No Cemitério Lismore Memorial Park, que fica em Nova Gales do Sul , o cadáver é enterrado entre árvores de eucalipto que exalam um leve perfume no ar, compartilhando a paz e a quietude de um santuário de Coalas. A preocupação com o meio ambiente não está apenas em resolver problemas de espaço. O local utiliza somente caixões de madeira reciclada, ou pinho de reflorestamento, e evita a cremação, que libera gases prejudiciais na atmosfera terrestre. Para que os parentes não se percam no meio do mato, a posição de cada cadáver é cadastrada com uma latitude e uma longitude, um GPS irá fornecer a localização. Para evitar que o visitante derrame lágrimas na cova de outrem, o cemitério garante que “cada corpo estará a pelo menos 5 metros de distância um do outro“, pois “o sistema GPS não possui qualidade posicional suficiente para que os mortos sejam enterrados mais próximos“.



Provavelmente, os administradores desconhecem o erro médio de posicionamento em um GPS de Navegação ou pretendem localizar os corpos com equipamento geodésico ou usando diferencial para afirmar que 5 m é suficiente para uma localização inequívoca. Desta maneira, é possível que muitos familiares se prostrem diante de moitas, árvores, pedras, acreditando que estarão diante dos restos de seus familiares. Para incentivar o aumento da população neste tipo de cemitério, o enterro chega a custar até US$ 1.000 a menos do que um tradicional. Segundo a administração do cemitério, não se trata de uma jogada de marketing para que empresas de GPS vendam mais aparelhos à pessoas que visitem com alguma regularidade seus parentes que já morreram. Eles informam que os aparelhos serão emprestados aos visitantes.

http://tecnologia.terra.com.br/

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Noivos se casam em cemitério inglês



Um casal de noivos britânicos decidiu dar uma nova interpretação ao famoso "até que a morte os separe". Samantha Smyth, de 25 anos, e Paul Adams, de 33, casaram-se em um cemitério na cidade de Wisbech (Inglaterra).

A cerimônia gótica foi conduzida por um líder espiritualista diante de 40 convidados (vivos). "É um tipo estranho de lugar, mas é realmente muito bonito, e todos curtiram a cerimônia", disse Paul. Ao invés do tradicional arroz jogado nos recém-casados, foram lançadas pétalas de flores negras. Samantha, de família católica, e Paul, de origem protestante, moram a poucos metros do cemitério, onde costumam levar os seus cães para passear. O casal ganhou autorização especial de autoridades para se casar onde os mortos repousam.




Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/#243676

domingo, 15 de novembro de 2009

Funeral Simbólico em Veneza



VENEZA, ITÁLIA (Reuters) - Neste sábado, 14/11/2009, uma procissão de gôndolas acompanhou um caixão rosa pelo Grande Canal de Veneza no sábado numa representação de um funeral em protesto contra a forte queda na população da cidade.

Porta-estandartes com capas negras acompanharam o caixão todo enfeitado de flores que simboliza a morte da "Rainha do Adriático" por causa do aumento do turismo, das águas e dos custos de moradia e de um decréscimo no índice de natalidade e na qualidade dos serviços públicos.
O caixão foi levado à prefeitura da cidade, onde foram lidos uma mensagem de pêsames e um poema no dialeto veneto.
Enquanto turistas e pedestres sacavam fotos e abriam garrafas de vinho, uma bandeira com a imagem da fênix saiu do caixão para simbolizar o renascimento da cidade ameaçada.
O protesto, organizado pelo site local Venessia.com, foi inspirado em um relatório do mês passado que indicava uma queda na população da cidade para menos de 60.000, o mínimo para que uma cidade seja independente na Itália.
A população de Veneza caiu pela metade desde 1966 à medida que residentes saíam para buscar trabalho em outros lugares e os custos de moradia disparavam, já que as casas tornaram-se pousadas ou hoteis.
Aproveitando-se da aglomeração de pessoas reunidas para o protesto, pesquisadores do instituto politécnico de Worcester, dos Estados Unidos, retiraram amostras de saliva para identificar venezianos autênticos geneticamente, disse a agência de notícias Ansa.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cinzas transformadas em arte - Curitiba

Dia de Finados, no dia 2 de novembro, será diferente para dez famílias de Curitiba. Em vez de missa, como de costume, os familiares dos mortos terão uma experiência diferente: o Crematório Vaticano vai apresentar às famílias onze obras de artes feitas com as cinzas de seus parentes. Segundo a diretoria do Crematório, a intenção do projeto é aproximar as pessoas de seus entes queridos. “Percebemos que muitas pessoas não querem se desfazer das cinzas totalmente. Querem ter algo por perto. Então por que não ter uma obra de arte em vez de uma urna com as cinzas?”, diz Mylena Cooper, diretora do local. As obras – esculturas e telas – foram feitas por sete artistas plásticos que tiveram o cuidado de adequar a criação ao gosto de cada morto. O artista João Moro, por exemplo, prepara uma tela com motivo sacro. O escultor Tony Reis produz três esculturas de cunho religioso e fundamentadas nos amores e desejos dos “donos” das cinzas.


MAS O PROJETO MAL COMEÇOU, E JÁ ENFRENTA POLÊMICA: A artista plástica Cláudia Eleutério reclama a autoria do projeto, segundo ela desenvolvido e apresentado em julho deste ano de 2009. Como comprovação de sua autoria sugere uma visita ao site da Acempro http://www.acempro.com.br/unidade_detalhe.cfm?id=1.
Por razões éticas este blog não tomará partido, mas esperamos que a contenda seja resolvida, pois a idéia é excelente, e merece ser aproveitada e creditada a quem for de direito.
Foto: Escultura do artista Tony Reis por Erlei Schade. Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI101653-15228,00.html

domingo, 1 de novembro de 2009

‘Guias de cemitério’ têm trabalho dobrado no dia de Finados



Ele passou parte da vida enterrando mortos e hoje conta a história de vida deles. Aos 43 anos, Francivaldo Gomes, o Popó, é monitor da Prefeitura de São Paulo e atua como guia turístico. O local de trabalho dele é o Cemitério da Consolação, localizado na região central e o mais antigo da cidade. Antes da função atual, foi sepultador, o famoso coveiro.
Popó tem tido agenda lotada. Corre o dia inteiro para deixar limpos os cerca de 8.500 túmulos do cemitério. Conta com a ajuda dos outros funcionários, mas acaba acumulando funções porque, além de arrumar o jardim e os jazigos, precisa atender os visitantes. Ser guia de cemitério é um orgulho para o cearense, que só tem o segundo grau completo conta que pesquisou muito até dominar as informações históricas. "Sou autodidata".


A guia Ângela Arena, 42, circula com seus turistas pela capital e sempre para no Cemitério da Consolação. Ali, há esculturas em mármore e granito de artistas como Victor Becheret, Júlio Starace e Ramos de Azevedo. Elas ornamentam os túmulos e dão beleza a um lugar marcado pela tristeza. “As pessoas costumam se assustar por eu ser guia em cemitério porque esta ainda é uma atividade muito tímida aqui no Brasil”, diz Ângela.

Em suas explanações, assim como Popó, ela conta a história dos mortos ilustres, das obras de arte e dos costumes relacionados ao enterro. “No século 19, a morte era mais vivenciada. Tinham as carpideiras que choravam nos velórios, que levavam mais de um dia. Hoje as pessoas são mais distantes”.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1360329-5605,00-GUIAS+DE+CEMITERIO+TEM+TRABALHO+DOBRADO+AS+VESPERAS+DO+DIA+DE+FINADOS.html

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Parque Renascer



Unico crematório de Minas Gerais, o Parque Renascer se revela um lindo lugar para se passear, na região metropolitana de Belo Horizonte. A estrutura do Cemitério e Crematório foi desenvolvida com um projeto arquitetônico arrojado e inovador reunindo conforto, boa localização, muito verde, preservando árvores nativas dentro dos seus quase 200.000 m².
É hoje  um dos mais bem equipados do Brasil, contando com capela, jardim e muita área verde. Caminhando pelas modernas linhas do espaço se pode ver uma seleção de fotos dos mais belos cemitérios do mundo, clicadas por esta blogueira que vos escreve.
Para quem deseja conhecer mais sugiro uma visita ao site oficial

http://www.parquerenascer.com.br/

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Morte e Poesia




Há lindos poemas e sonetos sobre a morte. Algumas preciosidades:

Cruz e Souza, por exemplo, grande simbolista, que tanto cultuou a morte:
Fecha os olhos e morre calmamente!
Morre sereno do Dever cumprido!
Nem o mais leve, nem um só gemido
Traia, sequer, o teu Sentir latente.
Morre com a alma leal, clarividente,
Da Crença errando no Vergel florido
E o Pensamento pelos céus brandindo
Como um gládio soberbo e refulgente.

O excelso e efêmero Casimiro de Abreu:
Que tem a Morte de feia?
Branca virgem dos amores
Toucada de muitas flores
Um longo sono nos traz;
E o triste que em dor anseia
— talvez morto de cansaço —
vai dormir no seu regaço
como num clausuro de paz.

Castro Alves pedia, profético:
Quando eu morrer... não lancem meu cadáver
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléu que espera o morto,
Como o viajante desse hotel funéreo.

Oliveira Ribeiro Neto é consciente do poder irreparável da morte:
Pois nada vale esforço, luto e choro,
serão todos cantores do seu coro,
que só não muda e se transforma em nada
a sempiterna de olhos de safira,
potente, alada e lúbrica mentira
pelo sonho dos homens sustentada.







Goethe é menos incisivo:
A Morte é uma impossibilidade
que, de repente,
se torna realidade.


Até aqui, versos tristonhos, pessimistas como se a morte fosse a tragédia. Há poetas, contudo, capazes de minimizar a crueza do tema.
Metastásio, por exemplo:
Não é verdade que a morte
é o pior de todos os males,
é um alívio dos mortais
que estão cansados de sofrer.

Bocage fala da "Morte dos tristes":
Ah! Só deve agradar-lhe a sepultura,
Que a vida para os tristes é desgraça,
A morte para os tristes é ventura!

Baudelaire fala da "Morte dos pobres":
É um anjo que segura em seus dedos magnéticos
O sono e mais o dom dos êxtases mais poéticos,
Que sempre arruma o leito aos pobres...

Uma curiosa e bem-humorada observação de Sofocleto nesse particular:
Os que mais morrem
são os que não têm onde cair mortos.

Nessa linha quase humorística, há uns versos de Homero, na sua Ilíada:
Eia, meu amigo, morre tu também!
Por que lamentas a sorte?
Também morreu Pátroclos, que valia
muito mais que tu!

E Nabokov sofisma:
Um silogismo:
os outros morrem.
Mas eu não sou outro;
assim, não morrerei.

E uma historinha inglesa sobre um inglês, igual a tantos:
Nasceu numa segunda
Batizou-se numa terça
Casou-se numa quarta
Adoeceu numa quinta
Piorou numa sexta
Morreu num sábado
Enterrou-se no domingo
E este foi o fim de Solomon Grundy.

Expedito Ramalho de Alencar é sucinto e objetivo, em sua clara análise da Morte no precioso Dicionário poético de sua lavra:
Morte
Término da vida, cessação
De funções orgânicas vitais.
Um nada, vazio, escuridão,
Sumiço d’amigos e rivais.
Desaparecimento do ser.
A negação do querido ente.
Eliminação do pretender
Ter existência permanente.

Há os poetas que brindam a Senhora Dona Morte com versos brilhantes como seus suas autores, quase otimismo no enfrentamento desse enigma, dessa interrogação eterna, desse mistério às vezes até bonito, apesar de tantas perplexidades.
Por exemplo, o grande Vinícius de Morais
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca esperada
Ela que é na vida
a grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida!

Ou a maravilhosa sonetista Florbela Espanca, autora de tantas belezas de sofrimento e paixão:
Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce lago
E, como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má morte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filha de rei,
má fada me encantou e aqui fiquei
à tua espera... quebra-me o encanto

E grandes nomes de todas as épocas:

Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto!
(Augusto dos Anjos)

Não que eu esteja
com medo de morrer.
Apenas não queria estar lá
quando isso acontecesse.
(Woody Allen)

Morrer deve ser como não haver nascido
e a morte talvez seja melhor até que a vida
de dor e mágoas, pois não sofre
quem não tem a sensação dos males.
(Eurípedes)


O que é a vida e o que é a morte
Ninguém sabe ou saberá
Aqui onde a vida e a sorte
Movem as cousas que há
Mas, seja o que for o enigma
De haver qualquer cousa aqui
Terá de mim o próprio estigma
Da sombra em que eu vivi.
(Fernando Pessoa)

Não temo a morte: prefiro
esse fato inelutável
ao outro que me foi imposto
no dia do meu nascimento.
Que é a vida?
Um bem que me confiaram
sem me consultar
e que restituirei
com indiferença
(Omar Khayyam)

Versos a um Coveiro
Numerar sepulturas e carneiros,
Reduzir carnes podres a algarismos,
Tal é, sem complicados silogismos,
A aritmética hedionda dos coveiros!
Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
Da morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
Na progressão dos números inteiros
A gênese de todos os abismos!
Oh! Pitágoras da última aritmética,
Continua a contar na paz ascética
Dos tábidos carneiros sepulcrais:
Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
Porque, infinita como os próprios números
A tua conta não acaba mais!
(Augusto dos Anjos)

Os amantes da filosofia gótica vão adorar

Funerária lança calendário 2010 com fotos de mulheres seminuas!
Imagens mostram belas mulheres em volta dos caixões.
Empresa lançou calendário como estratégia de marketing.
Uma funerária italiana já tem pronto seu calendário 2010, que traz belas mulheres seminuas ao lado de caixões. O calendário mostra a cada mês uma mulher ao redor de um modelo de caixão, que pode ser encomendado na loja da Cofanifunebri, em Roma.

O calendário 2010 da funerária está à venda por 9,30 euros ( R$ 24). O dono da empresa, Maurizio Matteucci, defendeu seu calendário. “Caixão é uma mercadoria como quaisquer outras, portanto eu as vendo assim. E os calendários são populares", disse ele em 2007.
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1342580-6091,00-FUNERARIA+LANCA+CALENDARIO+COM+FOTOS+DE+MULHERES+SEMINUAS.html

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Café no Cemitério

Na Índa a morte é uma coisa natural. Ela é parte da vida, e num restaurante no leste indiano, ela é parte do almoço.

O New Lucky restaurant em Ahmadabad é famoso por seu chá com leite, seus bolinhos amanteigados e pelas sepulturas entre as mesas.

Este é um lugar pitoresco onde um velho pode ler seu jornal e discutir política pela manhã e jovens casais jantam românticamente à luz de velas durante a noite. Só que as velas ficam sobre as sepulturas para “dar um toque ao ambiente”.

Krishan Kutti Nair construiu o restaurante sobre um cemitério centenário que estava fechado ha décadas. Por isso ele diz não saber quem está enterrado bem no meio do salão de jantar. Os clientes que vão lá vêem as sepulturas, que parecem pequenos caixões de cimento, e isso basta para eles. Os caixões são pintados de verde e têm uma pequena grade metálica em volta. Alguns deles são decorados com uma única flor ressecada. Eles estão espalhados aleatoriamente pelo piso do lugar. Tem um perto do caixa, tem três no meio do salão, quatro ao longo da parede perto da cozinha.O restaurante data de 1950, e faz muito sucesso.



Para quem deseja conhecer:
Category Fast Food Shops, Cafes
Near Dinbai Tower, Lal Darwaja, Ahmedabad
Phone: 25505033

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Arte Cemiterial e suas peculiaridades


A arte praticada nos cemitérios não obedece aos mesmos critérios de outros locais onde seja colocada para ornamentação ou contemplação. Nos túmulos a arte exerce uma função muito mais complexa, e sua responsabilidade é bem mais ampla. Alguns símbolos são estilizados, e os elementos religiosos predominam na iconografia. Na verdade é bastante compreensível que a religiosidade tenha ocupado a grande lacuna deixada pela morte, e pela incompreensão humana diante da finitude da vida.
As esculturas são quase sempre dotadas de fortíssima expressão dolorosa, perplexidade e descontentamento. A hierarquia angelical exerce suas funções pranteadoras em cada uma das figuras estimatizadas ao longo da história da humanidade. E embora surjam, não raras vezes, elementos eróticos, é sempre a finitude da vida expressa na sua forma mais contundente que se expressa nas esculturas cemiteriais.
A arte tumular não prima pela originalidade, por isso é bastante comum se encontrar a mesma figura diversas vezes em sepulturas diferentes, mas em cada situação uma perda diferente.
A simbologia utilizada se repete em todas as culturas, e em breve será publicado neste blog uma relação dos mais recorrentes.
Liliane Rosa



Fotos: Cemiterio Père Lachaise, Paris. (Fotos: Liliane Rosa)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cemitério do Bonfim de Belo Horizonte


O Cemitério do Bonfim em Belo Horizonte reúne uma vasta coleção de obras de arte da Belle Epoque, com peças de artistas consagrados na Europa e Estados Unidos. O espaço está sendo inventariado pelo IEPHA de Minas Gerais, e logo estará contando com visitas monitoradas. A identificação do acervo constatou esculturas de rara beleza, assinadas por nomes como Ettore Ximenes, Oreste Natali e João Scuotto, entre outros. Na foto um dos mausoléus mais suntuosos do cemitério, o túmulo de Raul Soares, todo em bronze e granito, de Ximenes, autor do famoso monumento à Independência em São Paulo, trabalho que assina junto com o arquiteto Manfredo Manfredi.
O Cemitério do Bonfim também é palco da famosa lenda urbana da "Loira do Bonfim", fantasma de uma mulher jovem e bonita que assombrava os taxistas na década de 50, mencionada nas obras de escritores como Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade.


Cemitério do Bonfim, Belo Horizonte
Rua Bonfim, 1120 - Bairro Bonfim

domingo, 20 de setembro de 2009

Cemitério de Pássaros



Na ilha de Paquetá, na cidade do Rio de Janeiro, o Cemitério dos Pássaros, na rua Manoel de Macedo, já é famoso. A fama maior é dos monumentos: “O pássaro abatido” e “O pouso do pássaro casado”. São várias mini covas onde os cariocas enterram os bichinhos. O local foi idealizado na década de 20 ou 30 por Pedro Bruno, um dos maiores artistas de Paquetá.
Para chegar até a ilha é necessário pegar uma barca no cais da histórica praça XV, no centro do Rio. A travessia dura cerca de uma hora. Telefone para contato: (21) 2533-7524.

domingo, 13 de setembro de 2009

Cemitérios Virtuais

Um site em que as pessoas falecidas ganham um perfil, recebem mensagens de saudade e até mesmo flores virtuais - gratuitas ou pagas, dependendo do volume e da escolha - está ganhando cada vez mais adeptos na França. O portal, uma espécie de "Orkut dos mortos", já tem mais de 10 mil tumbas virtuais, entre as quais são distribuídas diariamente cerca de 1,2 mil flores, garante o idealizador do endereço, Daniel Coing-Daguet.
Tudo começou em 2003, quando Coing-Daguet, um trabalhador também apaixonado por informática, criou o endereço www.lecimetiere.net para homenagear seus artistas, cantores e escritores preferidos que haviam morrido. Com o passar do tempo, ele montou perfis para os familiares que partiam, e depois para os amigos, os amigos dos amigos. Até que hoje qualquer pessoa pode se cadastrar no endereço e registrar a página de quem quer que seja - com a condição de que a pessoa esteja morta.
No espaço "petit anges" (anjinhos, em francês), o usuário encontra os perfis de crianças, enquanto que na butique é possível comprar, com cartão de crédito, as "flores" para deixar no túmulo visitado. As flores "duram" sete dias, e depois disso são eliminadas do túmulo - como nos verdadeiros cemitérios. As mais baratas podem ser compradas por 1,5 euro (R$ 3,78).Adicionar mais de uma imagem no perfil do defunto também não sai de graça: custa 1,25 euro (R$ 3,15) por foto extra − mesmo preço para colocar uma placa de homenagem no perfil do morto.Para quem não quer gastar nada, no entanto, existem as flores comuns, que podem ser depositadas acompanhadas de uma mensagem ao morto.

Visite: http://www.lecimetiere.net/

domingo, 6 de setembro de 2009

Cemitério dos Pretos Novos

Quando os empresários Ana Maria de la Merced e Petrucio dos Anjos resolveram fazer uma reforma no quintal de sua casa, no número 36 da rua Pedro Ernesto, Gamboa, centro do Rio de Janeiro, não imaginavam que se veriam numa cena digna do filme de terror Poltergeist – por sorte, sem direito aos fenômenos paranormais. Ossos, fragmentos de crânios e dentes começaram a sair dos buracos cavados pelo pedreiro, assustando as três filhas do casal. Só que a família não mora em cima de um cemitério índio, como no filme, e sim sobre uma parte do Cemitério dos Pretos Novos, sem vestígios ou localização confirmada até o dia da obra.

Lá eram enterrados os africanos recém-chegados, ou “pretos novos”, que morriam ainda nos armazéns do mercado de escravos – isso depois que o comércio escravista passou para a rua do Valongo, em 1769. Antes, quando o mercado operava na atal rua 1º de Março, os enterros eram no Largo de Santa Rita.


Saiba mais visitando: http://www.pretosnovos.com.br/

sábado, 5 de setembro de 2009

Caixões e urnas ecológicas


Ecopods são os caixões ecológicos criados por Hazel Selina, e são feitos com folhas de amoreira e papel reciclado compressado (principalmente jornais usados). A designer também desenvolveu urnas ecológicas totalmente biodegradáveis, produzidas com o mesmo material e disponíveis em diversas cores. Uma boa notícia para o momento em que o planeta registra mais de seis bilhões de habitantes, e uma degradação ambiental jamais vista.


Fonte: http://www.cemiteriosp.com.br/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Passeio à noite em cemitério vira atração turística de El Salvador

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1290149-6091,00-PASSEIO+A+NOITE+EM+CEMITERIO+VIRA+ATRACAO+TURISTICA+DE+EL+SALVADOR.html

domingo, 23 de agosto de 2009

Sedlec

O Ossuário de Sedlec – Capela de Estilo Gótico da República Tcheca – cansou-se dos mortos quem em nada contribuiam para o crescimento da comunidade e da Igreja e resolveu colocá-los para trabalhar – como peças internas da decoração da Capela. O Ossuário possui diversas peças (a grande maioria na verdade) feitas de ossos humanos, e algumas chegam a possuir de 40 a 70 mil deles dispostos em ordens precisamente artísticas para formar peças magníficas – como o lustre e o altar – e também em peças menores, ao longo de toda a Igreja.

Fonte: Comunidade Carpe Tenebra

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Descoberto antigo Cemitério Harappa

Um grupo de arqueólogos descobriu 73 tumbas da cultura harappa, em um dos maiores cemitérios achados até agora dessa civilização milenar, no Sul da Ásia, a apenas 60 quilômetros de Nova Délhi. Os restos apareceram na localidade de Farmana, na província de Haryana, após três temporadas de escavação com equipes de universidades, segundo a agência indiana Ians. "Encontramos 73 túmulos. Este pode ser o maior cemitério harappa", disse à Ians o professor japonês Osaga Uesugi, do Instituto de Pesquisa de Kioto. "Achamos um plano inteiro da cidade. Os esqueletos procedem dos anos 2.500 a 2.000 a.C., quando essa civilização teve seu período mais próspero", disse o professor Vasant Shinde, do Instituto indiano de Pune. Segundo Shinde, a descoberta pode servir para revelar alguns dos mistérios que rodeiam a cultura harappa, que se criou em torno do rio Indo e chegou a construir cidades com ruas bem articuladas e sistemas de drenagem. "Pensávamos que os harappa fossem homogêneos, mas as descobertas apontam para outra coisa. Os costumes e o planejamento urbano parecem semelhantes (às demais ruínas), mas há variedade nas formas de olarias e outros elementos", acrescentou.

Os pesquisadores ainda desconhecem a origem da cultura harappa e também não sabem explicar como ela desapareceu, embora seu declínio pareça ter ocorrido por volta de 2.000 a.C.. Os esqueletos achados serão agora submetidos a análises de DNA.



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Descoberto complexo funerário no Camboja


Uma equipe de arqueólogos japoneses descobriu no Camboja um complexo funerário de mais de 2.500 anos, pertencente a uma civilização desconhecida. O campus, cuja construção remete ao ano 500 a.c, foi encontrado perto da aldeia de Snay, na província em Banteay Meanchey, noroeste do país. As escavações permitiram recuperar nove sepulturas com 42 restos humanos e três outras tumbas construídas com tijolos. Segundo o diretor do projeto, Yusino Riyasuda, as três tumbas de tijolos mostram um desenvolvimento avançado dos antepassados do Império Khmer, fundada no início do século VIII. A descoberta irá elucidar detalhes deste período da história e dacivilização que construiu os túmulos e um sistema de canalização da água que está relacionada com o complexo funerário. As investigações arqueológicas no Camboja, um dos países do Sudeste Asiático de maior patrimônio arquitetônico, foram interrompidas por mais de quatro décadas, devido à guerra civil, que terminou no final de 1998 com a entrega do Khmer Vermelho.

Fonte: Terra

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Santa Morte, no México


Líderes de uma controversa seita mexicana que venera a morte, protestaram contra o governo devido a destruição de mais de 30 santuários com a imagem da "santa". Devotos da seita dizem que a Santa Muerte é padroeira dos marginalizados e dos despossuídos, e vem ganhando popularidade na fronteira EUA-México, porque as pessoas estão desiludidas com o catolicismo.
Os santuários normalmente retratam a santa como um esqueleto com uma foice em uma mão e um globo na outra. Os seus adoradores, deixam oferendas como velas, e tradicionalmente, pedem a proteção dos entes queridos falecidos, proteção contra a morte violenta ou vingança sobre os inimigos.
É particularmente popular no México, entre os poderosos traficantes de drogas, uma ligação que explica porque os trabalhadores municipais de Nuevo Laredo estavam protegidos por soldados na semana passada, quando derrubaram com enxadas os santuários em uma estrada na fronteira com Laredo, Texas.
Funcionários municipais disseram que os santuários foram construídos sem permissão em terreno público e adicionalmente, dão à cidade uma má fama.
O movimento enfureceu os líderes da Santa Muerte que convidaram seguidores em todo o México para demonstrar em um protesto, marcado para a semana santa, contra o que acreditam, é uma discriminação religiosa.
"É um ato aberto de intolerância religiosa e um ato de arrogância". "Nós estamos entrando em uma fase de terrorismo religioso e governamental", disse David Romo, o arcebispo da seita. A seita não é reconhecida pela Igreja Católica romana.
O porta-voz da igreja católica no México disse que não está envolvido nas demolições, e acrescentou que não era "nenhum segredo que esta organização religiosa é associada com narcotraficantes e o crime organizado... não só é supersticiosa, mas diabólica."

Extraído de: http://arquivosdoinsolito.blogspot.com/2009_03_01_archive.html

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A sensualidade e o erotismo no Cemitério



A estranheza provocada pelo grande número de esculturas eróticas nos cemitérios sempre intrigou os estudiosos do tema, pois nada parece mais distante do prazer que a morte. O que foge à compreensão do observador distraído é que os espaços cemiteriais não foram criados unicamente para os mortos, mas também para os que ali enterraram os despojos daqueles a quem amavam, e estes devem ser considerados com muito maior meticulosidade.
A morte é algo inevitável, e o único antídoto contra a angústia provocada pela sua inexorabilidade é a vida. Concentrar-se em viver intensamente provoca alivio diante da dor provocada pela ciência de que se vai morrer um dia. O erotismo surge aqui como uma válvula de escape, uma fuga da morte, através da perpetuação da vida.

Uma das mais belas histórias de amor já vividas


Visitar Cemitérios é vagar pelo mistério da vida, enfrentar nossa limitada condição e admitir o horizonte do nosso fim, mas é também enaltecer nossa enorme capacidade de amar além da morte, e apesar dela.

Estes dois túmulos, considerados o exemplo mais belo da arte gótica, feitos em calcário, pertencem a Dom Pedro (ao lado) , um príncipe português, e sua amada Dona Inez (abaixo), morta enquanto ele estava fora do país. Foram sepultados juntos, e por recomendação dele, um diante do outro, e não lado a lado como é mais comum. O objetivo é que na ocasião do juízo final, ao serem ressuscitados segundo a crença de ambos, ela seja a primeira coisa que ele verá, e vice-versa. Uma belíssima história de amor, que nem a morte conseguiu finalizar. A construção se situa entre 1358 e 1367, e pode ser visitada no Monastério de Alcobaça, em Portugal.

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Mausoléu localizado no Cemitério Père Lachaise que inspirou o cabeçalho de apresentação deste blog, e também já foi capa de CD de Rock nos anos 80.

Foto: Liliane Rosa, Paris

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os simbolos


Os simbolos utilizados na arte cemiterial não seguem regras rígidas, e é preciso muita pesquisa para se encontrar a relação entre eles. Nesta imagem o anjo da anunciação é substituído pelo anjo da consolação, no momento em que a mãe sustenta o filho morto, como só as mais poética "Pietàs" do mundo clássico poderiam conceber.
Cemitério Monumental de Milão. Foto: Liliane Rosa

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A utilidade das pesquisas

Muitas vezes as pesquisas em cemitérios podem ser úteis para as mais diversas disciplinas. A foto acima foi extremamente importante na pesquisa da árvore genealógica da familia Gariglio, que migrou da Itália para o Brasil no século XVIII, e se espalhou por diversas partes do mundo.

Foto: Liliane Rosa

terça-feira, 9 de junho de 2009

Celebridades

Os túmulos de La Fontaine, e Moliere. Cemitério Père Lachaise, Paris.
Foto: Liliane Rosa

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Faça um tour virtual pelo Cemitério Père Lachaise, em Paris

As modernas tecnologias nos permitem viajar, se encantar, e sentir todo o deslumbramento de um local, sem mesmo precisar se deslocar até lá. Este site, muito bem construído, leva o internauta a um belo tour pelo Cemitério francês mais visitado do mundo, e possui um nível de interação sensacional. Bom passeio!

http://www.pere-lachaise.com/perelachaise.php?lang=en

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Lazer no Cemitério da Saudade


Belo Horizonte vai ganhar uma nova opção de lazer. O Cemitério da Saudade está concluindo a construção de uma ala que terá 6 suítes para hospedagem, além de um bar que funcionará durante as madrugadas. O projeto é uma iniciativa de Francisco Torres, atual administrador do cemitério. Segundo ele, o local sempre foi muito freqüentado por góticos, que muitas vezes pulavam o muro e passavam a madrugada clandestinamente no terreno. Ao invés de reprimir este hábito, a direção optou por incentiva-lo, criando mais opções de lazer e até mesmo hospedagem. A renda extra será revertida para melhorias na infra-estrutura e diminuição das taxas de manutenção.Quando perguntado sobre o que os familiares das pessoas sepultadas achavam da idéia de transformar o Portal da Saudade em um “agitado point noturno”, Francisco informou que a maioria dos proprietários de jazigos votou positivamente quando o projeto foi explicado em uma assembléia.“A estrutura de bar e suítes vai beneficiar também nossos cotistas. É muito comum pessoas ficarem mal alojadas e alimentadas durante os velórios que atravessam a noite. Agora há uma opção para descanso”, explica Francisco. “Os jovens que freqüentam o local também não cometem atos de vandalismo ou fazem arruaça, muito pelo contrário, são até muito calados e não mexem com ninguém. Ficam na deles, recitando poesias ou tocando violão”, conclui. Boa pedida de eventos culturais para os apreciadores destes espaços.
Fonte: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=65726.0

Foto: Liliane Rosa 2001

terça-feira, 26 de maio de 2009

Erotismo, sempre muito presente na arte cemiterial

Turismo Cemiterial

Cemitérios são lugares fascinantes, cheios de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos é também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo.